terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem…

Já faz bastante tempo, que anda a rodar pelas rádios e na televisão portuguesas, a música intitulada “Feitiço”, do denominado cantor romântico, André Sardet. Esta cançoneta, que é presença assídua (e irritante) nos tops portugueses de música mais tocada e de discos mais vendidos, está catalogada como sendo uma música romântica, designação, a qual eu não podia considerar mais desacertada. Para demonstrar a minha teoria, coloco em baixo a parte mais importante de uma música, o refrão, o qual eu vos peço para lerem com toda a atenção:

“Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço!
O que me deu?
Para gostar tanto assim
De alguém como tu…”

Depois de analisar o refrão pode-se chegar à possível descodificação:

Mas que raio me aconteceu, que bicho me mordeu
Deve ter sido bruxedo, de certeza
Onde é que tinha a porra da cabeça? Devo tar doente
Para me ir logo engraçar pela gaja mais feia que já conheci, inda por cima é gorda, chata, cheira mal da boca… se tivesse sido pela Beyoncé, ou a Nicole das pussy cat, isso sim era dum gajo normal…

Posto isto, é de um gajo ficar com pena do Andrézito… coitado, deve sofre bastante, tem de ir à bruxa o rapazito, deve tar com uma camada cobrante… á uns tempos atrás, falaram-me de um bruxedo que servia para uma mulher “agarrar” um homem. Envolvia uma posta de bacalhau, que após ser colocada num certo e determinado local, tinha de ser dada a comer ao homem que se queria “segurar”… será que foi isto que lhe aconteceu???...

Desculpas...

Antes de mais, queria pedir desculpa ás duas ou três pessoas que, ainda, visitam este blog, por esta prolongada ausência de novas postagens. Este acontecimento foi consequência de uma longa semana passada no quarto com os meus convidados, Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Antero do Quental, que rambóia… alguns de vós, devem estar a pensar: “pronto foi desta, o gajo tá bom mas é pa ir pró Júlio de Matos, agora anda a ver pessoas mortas”. Eu explico, a semana passada foi para mim uma semana de intenso (ou não) estudo para a cadeira de Cultura Portuguesa I, cujo exame foi na sexta-feira passada, o que me levou a descurar, desta minha responsabilidade para com vossemecês, visitantes assíduos deste jovem blog, de levar até si, conteúdos despojados de qualquer interesse.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Elogio ao Amor.

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um minuto de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
(Miguel Esteves Cardoso - Expresso)

Há uns meses atrás recebi por mail, este texto escrito por Miguel Esteves Cardoso, o qual foi publicado num conhecido semanário. Atendendo ao dia de hoje, dia dos namorados ou dia de São Valentim, dia em que todas as pessoas, querendo ou não, pensam no Amor, mesmo que não estejam enamoradas, achei que era interessante partilhar com os visitantes deste blog, o dito cujo texto. Eu apesar de “não ir muito à bola” com este senhor, tenho de dar o braço a torcer e dizer que na minha opinião, ele até escreve bem (bem, pelo menos melhor do que eu). Quanto a este texto, não vou fazer nenhum comentário, não quero influenciar, deixando, por isso, que cada um tenha a sua própria interpretação, isto porque, cada pessoa teve, até aqui, experiências de vida diferentes, passou por situações distintas, por isso cada um sente este texto de maneira diferente.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Confirmed!!!!!


Após muitas peripécias, muitas palavras devassas proferidas, muito cabelo arrancando com as minhas próprias mãos, após de ter lido as instruções do MBnet (depois de já o ter tentado utilizado, sem as ler…), depois de me ter dado um erro qualquer (que me vinha explicado em Alemão!!!????), depois de tanto stress… Já está, está confirmado tenho passagem marcada para dia 28 de Março e só volto para Thomar dia 11 de Abril. Nestas férias da Páscoa vou visitar Bonn, Haarlem e Prague.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Welcome to my world!!!

Hoje por ser o dia que é, e significado que ele tem para mim, tive de sair de casa, apanhar ar, arejar as ideias e aproveitar este dia solarengo, um quase dia de primavera. Fui a um local onde eu gosto muito de ir, e que precisava de visitar, ao “magnificamente belo” Convento de Cristo. Este ano, esta foi ainda só a segunda vez que o visitei, já perdi a conta ás vezes que já o visitei (mas conheço pessoas naturais de Tomar e nunca o visitaram, como é possível!?). É lá o meu refúgio, o local que me transmite força, vontade de vencer e de ultrapassar as tristezas, que me martirizam a minha mente e o meu coração, é lá que recarrego as minhas baterias, que vou buscar ânimo, para sobreviver neste mundo, tantas vezes inóspito. É um lugar mágico,… pelo menos para mim.

Tá sim, é da Praça da Figueira? O quê??? Do Jardim Zoológico!!! Porraaa!!!!

Estava eu ontem compenetrado a estudar para a cadeira de Estética e Teoria da Arte I, quando subitamente o meu estudo foi interrompido pelo som do meu telemóvel (estranhei logo pelo facto do telemóvel tocar). Era um 233…. qualquer, não conhecia o número que me aparecia no visor, atendi:

- Estou sim??
- Sim, – era uma voz feminina (pronto, aqui neste preciso momento tive a certeza que era engano…) – Sr. Filipe??
- Não… aqui não existe nenhum Sr. Filipe. (isto apesar de ter Filipe como segundo nome, que só é usado por vezes pela minha mãe, quando o junta com o meu primeiro nome, o que significa que há problemas, ou então por amigos meus para gozar e fazem a mesma, triste, junção, o que também não me soa lá muito bem…)
E arrematei logo:
- Desculpe mas deve ser engano.
- Pois, é engano, desculpe.
- Não faz mal, tenha um resto de bom dia.
- Obrigado.
Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii…………….

Todas as semanas, recebo em média cerca de duas chamadas por engano (o que traduzido estatisticamente, significa 2/3 das chamadas totais que eu recebo por semana, a outra é da minha mãe a dizer que tenho de comprar pão…). Já me trataram por um infindável número de nomes,… “É o Sr. José??”, “António??”, “É do cabeleireiro da Ajuda???”, "É da casa de estores??”, “É do telemóvel da Fátima???”, “A Ana tá???”, “Sr. João daqui é a Tânia…”, etc… E depois existem aqueles que, quando ouvem uma voz, que pela qual, não estavam à espera, perguntam logo, muito indignados: “Com quem é que eu estou a falar???”, pergunta à qual eu respondo, com firmeza: “Com quem é que deseja falar???”, normalmente aqui dizem que é engano e desligam sem pedir desculpa... São raras as pessoas que, ao ouvirem a minha voz máscula, vigorosa, viril, se apercebem do seu engano e me pedem imediatamente desculpas pelo incomodo causado.

O mais impressionante e o que me causa muita estranheza, é que são sempre números diferentes de operadoras fixas ou móveis, pessoas diferentes, à procura de individualidades diferentes… Se fosse sempre o mesmo número, ou então à procura da mesma pessoa… Mas não por isso, já criei algumas teorias para explicar este fenómeno:
Teoria 1 (teoria da coincidência)
Existem muitas pessoas que se enganam a anotar, a ler, a discar os números e coincidência das coincidências, o número que a maior parte destas pessoas disca por engano é o meu.
Teoria 2 (Teoria da conspiração 1)
As operadoras de telecomunicações, sedentas de lucro, encaminham intencionalmente as chamadas para números errados, sabendo de ante mão, que as pessoas irão tentar mais uma vez falar para o número certo, após a primeira tentativa frustrada, sendo o meu número, a maior parte das vezes, o “feliz contemplado”.
Teoria 3 (Teoria da conspiração 2)
Ando a ser perseguido por algum maluco(a), louco(a) que possui uma qualquer obsessão estranha pela minha pessoa, e estas supostas chamadas por engano são uma das formas para controlar os meus movimentos.
Teoria 4 (Teoria estúpida 1)
Os computadores das operadoras de telecomunicações, que controlam o encaminhamento das chamadas, têm algum tipo de afecto de natureza electrónico pelo meu telemóvel.
Teoria 5 (Teoria estúpida 2)
Os computadores das operadoras de telecomunicações, que controlam o encaminhamento das chamadas, acham o meu número mais engraçado do que o número correctamente discado pelas pessoas.
Teoria 6 (Teoria muito estúpida)
Os computadores das operadoras de telecomunicações, que controlam o encaminhamento das chamadas, ao notarem que o meu número só muito raramente é solicitado, encaminham chamadas para ele, preocupados com a saúde “mental” do meu telemóvel, não vá ele ficar deprimido… o que eu acho bem, porque não tenho dinheiro para pagar a um psiquiatra para curar o meu telemóvel, (lembro-me que não era primeira vez que tal coisa me acontecia, em tempos tive um telemóvel deprimido,... suicidou-se, atirando-se de uma altura equivalente a um 1º andar, foi um triste dia para mim…)
Teoria 7 (Teoria plausível – finalmente)
Isto acontece a todas as pessoas, e este post, juntamente com as teorias anteriores só demonstra como eu tenho uma imaginação fértil, que em alguns momentos da minha vida ocorrem episódios estranhos, devido a uma qualquer disfunção mental e que tenho a mania da perseguição (mas que é estranho, receber tantas chamadas por engano, é).

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Porquê????

Deve ser a pergunta que atormenta a vossa mente desde que souberam que eu tenho um blog…
E eu respondo: Porque não??? Porque sim!!! Não sou nem mais nem menos do que muitos cromos, indivíduos alucinados, personalidades perturbadas, verdadeiras preciosidades desta sociedade de hoje em dia, que em muitos momentos me parece demente, que possuem também um blog…
Aqui neste cantinho da web, que é meu, vou partilhar com os visitantes (se os tiver), pensamentos que invadem a minha mente, também ela meio alucinada, estados de alma nem sempre coerentes e lógicos e alguns episódios que ocorram nesta minha vida, que tantas vezes mais me parece ser um filme, uma verdadeira obscura comédia sarcástica, perdendo-se, portanto, todo o interesse de visitar este blog uma segunda vez… Aqui não prometo que os visitantes apreendam algo de útil para o seu enriquecimento intelectual, muito pelo contrário, quem o visitar corre o risco de contrair uma qualquer doença mental, susceptível de causar danos psicológicos irreversíveis. Por isso lanço aqui e agora um aviso: o autor deste blog não se responsabiliza por qualquer dano moral ou psicológico causado a um qualquer cibernauta que viste este blog, não aconselhando por isso a sua visualização, por parte de pessoas sensíveis.