quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Soneto de Amor



Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma… Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas…
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua…, - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois… - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada…

Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

José Régio

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Sting - Englishman In New York

Porque por vezes nos sentimos assim...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Estado da Situação II...


Olá caros amigos, leitores e visitantes. Sei que nos últimos tempos tenho andando meio (totalmente) ausente, e a modos que negligenciei-me a respeito do “Estranha Forma de Vida”. Algumas das razões já foram referidas num post anterior, e outros motivos foram surgindo… Surgiram situações que me fizeram e ainda me fazem pensar muito em certos níveis da minha vida (o meu lado mais racional sempre presente por vezes uma presença demasiado constante)… Mas no cômputo geral estou bem e feliz. Tenho nos últimos tempos encontrado o meu equilíbrio, a minha estabilidade, finalmente. Sinto-me cada vez mais forte e com um outro ânimo uma outra coragem para olhar e seguir em frente, e sinto-me mais livre mais leve.
De resto o trabalho aqui no Crato esta quase a terminar. Encontramo-nos agora a trabalhar no topo do mosteiro da Flor da Rosa a cerca de 30 metros de altura mesmo pertinho das nossas vizinhas cegonhas, que têm o ninho no campário do mosteiro.
De lá de cima têm-se a melhor vista de toda a região e eu todos os dias tento tirar o maior partido desse privilégio…


ps: este pôr do sol já é o do Crato...

sábado, 13 de dezembro de 2008

Chove!...

Chove…

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove…

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

José Gomes Ferreira